#B*tches … Please! Os anglicismos são “TOP”! O “Pokémon go” é um “must”! O narcisismo é “totally” o novo normal! 

 “Este ano as minhas “Summer Holidays” foram mesmo, mesmo “TOP”!

“Beach all-day, everyday”, num “resort” fantástico, com um ambiente muito “zen” e “eco and nature friendly”. Para soltar o meu lado “Veggie” só comi alimentos “gluten free” e “vegan” e “frozen-yogurts lactose free”. Bebi “smoothies” com sementes de chia e sumos “detox”, que fotografei e partilhei no “Insta” com os “hashtags”:#healthy”; “#summer“; “#food”; “#fun”.
Mantive o meu “healthy lifestyle”,  troquei o “gym” pelo “outdoor running” sempre a ouvir a minha “workout playlist” nos “phones” e tive aulas particulares com um “personal trainer” mantendo o meu “Training Program” individualizado e “up to schedule”.
“Obviously” já estou também completamente “addicted” no “game” “Pokémon Go”!
Fiz dezenas de quilómetros de “walking” na rua para caçar os bichinhos, “at the same time” a carregar com as “powerbanks” nos bolsos,  porque a bateria do “smartphone” só dava para jogar pouco mais de hora e meia.  “You bet” que estou também a contabilizar todo esse exercício extra como parte do meu “Fittness Program”.
Perto do meu “resort” havia logo três “PokéStops” muito próximas, portanto aquele era o “perfect set” para colocar “lures” e a brincar, a brincar já cacei 60 “badass”pokémons” e já estou no “level” 16 do “game”.
Para uma “newbie” no mundo do  “gaming” é um “score” “TOP”!

De resto, dediquei o meu “free time” ao meu “usual hobby”: “Sales search” no “Shopping” para encontrar as peças “must-have” da estação e completar os meus “outfits”.  Fiz as “nails” e as “eyebrows” e aproveitei uma consulta “free” de “styling” com uma “Personal Shopper/Stylist” que me deu “dress, makeup and styling tips” em troca de mais “shopping”.
Tirei dezenas de “selfies” ao meu “new look” e publiquei-as em todas as redes sociais com os “hashtags”: “#me, #me, #me, #me, #me, #me, #me, #me, #me, #me”.
“Feel Free” para meterem os “likes” e “comments” que quiserem. Em breve mostrarei também  todas estas adições ao meu “closet”“Stay tuned people!”

Fui a todas as “Beach Summer Sunset Parties” da “Summer station” com as minhas “Best Friends Forever” ouvir “DJ’s” fantásticos que passaram música electrónica  “techno” e “house” mas com apontamentos “old School”, frequências “catchy”, “grooving” e com muito CHÁ.  Tirei mais algumas dezenas de “selfies” com o “smartphone” aos meus “outfits” para o “daily update” do meu “blog” que é orgulhosamente português e se chama: “Umbigo: Lifestyle and fashion daily outfits of a portuguese fashionist girl” e “NEWSFLASH” agora já sou também  “YouTuber”!  Todas as semanas vou fazer vídeos com “makeup tutorials”  e vou falar também dos meus produtos de “makeup” preferidos, de “trends” e também de “looks”. Marcas de maquilhagem do mundo “feel free” para me enviarem “free samples” dos vossos produtos para eu em troca, os promover no meu canal “Youtube” e no meu “blog”! *Wink*  *Wink*.

Mas porque esta “It girl” também lê (e não só o “Dica da semana”), quero partilhar convosco a minha “Summer reading list recommendation” deste ano, o livro “Ama-te”, o último do meu “favourite author EVER”, o “life-coach” /modelo/guru/apresentador Gustavo Santos!
E “OH!MY! GOD!” É que desde o “50 sombras de Grey” que eu não lia um livro que fosse tão bom e tão absorvente. “TOP” mesmo! Não percebo os “haters” do Gu. Devem ser uma data de “hipsters” e “nerds” com inveja do “swag” dele!
Apesar de ser uma leitura difícil, “basically” porque o Gustavo é um escritor genial, que nos obriga a pensar, “right”? O “Ama-te” é um livro completamente diferente do “Agarra o Agora” ou do “Arrisca-te a viver” e esses já eram 2 obras-primas geniais. Este livro fala da importância de uma pessoa gostar de si própria antes de gostar  dos outros e tocou-me cá dentro mesmo, porque “honestly?” eu às vezes sinto que tenho  falta de auto-confiança “maybe” porque sou uma pessoa que não é individualista, nem vaidosa, e que não está nada obcecada por si-própria, nem nada preocupada com a sua imagem.
Quem me conhece sabe que eu não sou nada “attention seeker” nem tenho necessidade nenhuma  de estar a exibir constantemente a minha superioridade sobre os outros. Até porque essa superioridade é por demais logo evidente para as pessoas que privam comigo “if you know what I mean”.

Portanto, já sabem se quiserem saber o que EU como, o que EU visto, quais os produtos de maquilhagem que EU USO, e quais são as MINHAS opiniões sobre “current issues” importantes como os detalhes do romance: Swift/Hidleston ou se quiserem “tips” sobre tudo o que é “trendy”, e o que está “IN” ou o que está “OUT” “FOLLOW ME on social media: Facebook,  Instagram,  Pinterest, Tumblr, Twitter, Snapchat e  Whatsapp.

Mas só se quiserem!  Que eu não dependo da vossa aprovação para me sentir importante , nem preciso dos vossos “likes” para saber que sou única e especial.

XOXO

#socialmedia #summer #holidays #apps #bored #fun #me #me #me #me #me #me

Não sou casada nem mãe. E então?

Hoje, ao abrir uma das redes sociais, aparece-me a Jennifer Aniston a justificar-se, uma vez mais, sobre o facto de não estar grávida. Jennifer Aniston, uma actriz de 47 anos que não é mãe, é constantemente alvo dos tablóides sobre a especulação de estar ou não grávida e se não está é porque haverá algo de errado com ela… Certo? Todos sabemos que as “celebridades”, principalmente as femininas, são alvo de um escrutínio contínuo, seja em termos de padrões de beleza, seja nas relações amorosas ou na vida íntima. São famosas, têm de se sujeitar a isso… Certo? Errado. A não ser que sejam peças compradas pelas próprias celebridades que só querem aparecer, não, não se têm de sujeitar a isso.
Com essa premissa presente, de que toda a gente tem direito à sua privacidade e, pasme-se, à escolha do caminho que quer dar à sua vida, Jennifer Aniston escreveu uma carta aberta a dizer que está farta. Resume, e muito bem, aquilo que é o livre arbítrio, o poder de escolha e decisão que um indivíduo tem sobre o seu corpo e a sua vida:

“Here’s where I come out on this topic: we are complete with or without a mate, with or without a child, […] We get to decide for ourselves what is beautiful when it comes to our bodies. That decision is ours and ours alone.

“Let’s make that decision for ourselves and for the young women in this world who look to us as examples. Let’s make that decision consciously, outside of the tabloid noise. We don’t need to be married or mothers to be complete. We get to determine our own “happily ever after” for ourselves.”

Desde que nascemos que sofremos diferentes tipos de pressões sociais e de padrões de comportamento. O rapaz brinca com o carrinho, aos super-heróis, joga à bola e ao pião. A rapariga veste-se de cor-de-rosa, tem cozinhas e nenucos e barbies. Sabemos desde cedo que o percurso da vida é nascer, ir à escola, obter um canudo, arranjar um trabalho onde preferencialmente se ganhe bem, se tenha estatuto e onde sejamos reconhecidos – só depois vem o ser-se feliz no que se faz -, arranjamos um namorado, o nosso futuro marido, e depois… é claro que temos de ter filhos. É o passo seguinte… certo?

Quão aborrecido é termos tudo previamente traçado por nós. Quão previsível. E quão indutor de ansiedade caso não alcancemos o que todos os outros alcançam com tamanha facilidade. Mas nem todos podem querer alcançar o mesmo objectivo, nem todos podem conseguir fazê-lo.

No meu caso em particular, posso não ser nenhuma celebridade, mas tenho 32 anos, sou solteira, não tenho filhos e não é, para mim, uma tragédia. Yep, é verdade. As pessoas perguntam como se o que fosse normativo fosse obrigatório. News flash, não é. Não é, e não tem de ser uma coisa má. Não é, não tem de ser uma coisa má e não temos de nos sentir mal connosco próprios. Felizmente, a minha felicidade não depende exclusivamente do outro. Se sempre foi assim? Não. Foi algo que tive de ir aprendendo ao longo do tempo. A aceitar-me. A aceitar que não é o outro que dá mais ou menos valor a alguém. É um trabalho contínuo, principalmente se existem pressões da sociedade que consideram que existe apenas um caminho a seguir. Se esse caminho é mais ou menos feliz que o outro? Não. Nenhum caminho é o “mais feliz”, é apenas o que se escolhe.

Por isso, da próxima vez que perguntarem a alguém “então e quando tens um namorado?” ou “então, quando te casas?” ou “e filhos?“, pensem que nem toda a gente se enquadra nos padrões de vida normativos. E que há quem escolha seguir e construir o seu próprio caminho de uma forma ligeiramente diferente. Que casamentos e filhos podem não estar no horizonte. Ou que quando fazem essa pergunta, simplesmente não têm nada a ver com isso.

É que cansa ouvir sempre as mesmas perguntas. Se a própria pessoa não está preocupada, por que raio haverão as outras pessoas de estar?